Comportamentos Sexuais ''Normais''


    Tal como a masturbação, as fantasias sexuais, as orgias, o sexo oral e o sexo anal também são comportamentos relativos à sexualidade dita normal.

    As fantasias sexuais são pensamentos representativos dos desejos sexuais mais ardentes de uma pessoa e tem a função de complementar e estimular a sexualidade, tanto da realização do ato sexual com um parceiro quanto da estimulação auto-erótica (masturbação).
    Orgia ou bacanal é a prática sexual entre várias pessoas. É apenas considerado orgia com 5 ou mais indivíduos uma vez que, sexo a três se denomina ménage e a quatro swing. O termo provém do latim orgĭa, que, por sua vez, vem do grego ωργια. Teve origem na Roma Antiga devido aos rituais religiosos em honra a Baco (ou Dionísio), deus do vinho, na altura das vindimas.

    O sexo oral é a actividade sexual em que ocorre estímulo dos genitais com a boca, com a língua e, possivelmente, com a garganta.
    No homem é chamado de felação (vem do latim Fellatio). Chama-se activo a quem pratica a felação e passivo a quem a recebe. É tida como preliminar mas muitas vezes é a acção final do acto sexual.

Consiste em introduzir o pénis do companheiro na boca, lambendo-lhe a glande e toda a base peniana, proporcionando prazer. Com o movimento da boca, o trabalho da língua e com o auxílio das mãos, pode-se alcançar o orgasmo facilmente. Existe uma componente extrema da felação denominada deep throat (garganta profunda) que consiste em levar a glande até ao fundo da garganta, proporcionando uma sensação de pressão que oferece prazer.
    Também existe a auto-felação, que é a prática da felação sem a necessidade de um parceiro, ou seja, é a prática de sexo oral por um homem em si mesmo. Esta prática requer uma grande flexibilidade e um pénis de proporções acima da média facilita a actividade.
    O sexo oral nas mulheres designa-se por cunilíngua (cunnilingus). Consiste na estimulação da genitália feminina com a língua e boca, principalmente na entrada da vagina e no clítoris.
Não necessita da lubrificação vaginal para ser praticado, pois a saliva desempenha essa função. O clítoris é sem dúvida a parte mais sensível de corpo feminino, e é nele que a prática da cunilíngua se foca, com movimentos constantes e com pouca pressão, por se tratar de um órgão delicado. Os movimentos executados na cunilíngua podem ser a estimulação apenas com a ponta da língua, com a língua inteira, com os lábios, delicadamente chupando e/ou beijando o clítoris e, em alguns casos, passando os dentes levemente. Após a estimulação constante, obtém-se prazer que pode vir acompanhado de ejaculação feminina.
    No sexo oral, pode ou não ser incluída a ingestão do sémen ou das secreções vaginais. Apresenta risco de transmissão de HIV e outros agentes infecciosos, nomeadamente do papiloma vírus humano, que aumenta consideravelmente as hipóteses de cancro na garganta. A ingestão dos fluidos corporais por si só, sem contacto físico boca – genitália, não é considerada sexo oral.

O sexo anal é caracterizado pela introdução do pénis no ânus do parceiro, seja ele homem ou mulher.
    O sexo anal é uma relação que normalmente traz prazer ao praticante activo, já que a musculatura do ânus é mais apertada do que a da vagina e a pressão sobre o pénis é maior.
    No praticante passivo, ou seja aquele cujo ânus está a ser penetrado, o prazer nem sempre é garantido porque, dada a complexidade da preparação prévia, muitos entusiastas acabam por atropelar o tempo necessário para o devido relaxamento da musculatura em questão, nomeadamente através de anilíngua (lamber ou beijar o ânus do parceiro) ou de outra qualquer actividade similar. Quando os cuidados adequados são devidamente atendidos, o prazer do praticante passivo pode ser alcançado devido à repetida massagem da próstata através da parede do recto.
    A prática da penetração anal pode envolver, em simultâneo, a estimulação do clítoris  (quando o praticante passivo é uma mulher), ou do pénis praticante passivo é um homem), o que facilita o orgasmo.
    Por não haver lubrificação natural na região do esfíncter anal, as primeiras experiências podem gerar dor e sangramentos, fatos que podem e até eliminados com o uso de substâncias lubrificantes próprias, a fim de facilitar a introdução do pénis, ou quaisquer outros objectos. Existe, porém, o receio popular de que a prática constante do sexo anal, ao longo de anos, possa danificar a musculatura. A alta concentração de glóbulos brancos perto ao recto, juntamente com o risco de cortes na região aumenta o risco da transmissão do vírus HIV uma vez que o seu retro vírus se reproduz nas células do sistema imunitário Linfócitos T. O uso de preservativo é uma forma clinicamente recomendada para diminuir o infecções. O sexo anal sem protecção é a forma mais arriscada em termos de transmissão do HIV.

    No ser humano, as sensações sexuais despertadas por este conjunto de comportamentos ocorrem numa sucessão de fases que estão interligadas entre si, que são chamadas de Fases da resposta sexual humana. São elas:

• Desejo – fase em que fantasias, pensamentos eróticos, ou visualização da pessoa desejada despertam vontade de ter relações sexuais.

• Excitação – fase de preparação para o acto sexual e início deste, desencadeada pelo desejo. Junto com sensações de prazer, surgem alterações corporais que são representadas basicamente no homem pela erecção (endurecimento do pénis) e na mulher pela lubrificação vaginal (sensação de estar intimamente molhada).

• Orgasmo – é o clímax de prazer sexual, sensação de prazer máximo, que ocorre após uma fase de crescente excitação. No homem, junto com o prazer, ocorre a sensação de não conseguir segurar mais a ejaculação, e então ela ocorre; e na mulher, ocorrem contracções da musculatura genital. A frequência cardíaca aumenta e a respiração torna-se ofegante.

• Resolução – consiste na sensação de relaxamento muscular e bem-estar geral que ocorre após o orgasmo que, para os homens em geral, associa-se ao seu período refractário (intervalo mínimo entre a obtenção de erecções). Na mulher, este período refractário não existe: ela pode, logo após o acto sexual ter novamente desejo, excitação e novo orgasmo, não necessitando de esperar um tempo para que isso ocorra novamente. A frequência cardíaca e a respiração voltam ao normal, estabilizando.