Disfunções Sexuais Femininas
Na mulher, as disfunções sexuais mais comuns são: as inibições do desejo sexual, a anorgasmia, o vaginismo e a dispareunia.
- As inibições do desejo sexual ou transtorno do desejo sexual hipoativo, constituem a falta ou diminuição da motivação para a busca de sexo, ou seja, a pessoa não tem vontade de manter relações sexuais.
Isso ocorre mais comummente devido a:
- Problemas no casamento (discussões, desentendimentos quanto ao que cada um espera do relacionamento)
- Falta de intimidade
- Dificuldades de comunicação entre o casal, ou ainda, devido a tabus sobre a própria sexualidade, como, por exemplo, associações de sexo com pecado, com desobediência ou com punições
- Inibições decorrentes de traumas sexuais (abuso sexual, estupro)
- Doenças, a problemas hormonais e ao uso de certas drogas e remédios.
O diagnóstico pode ser feito por médico clínico, ginecologista, psiquiatra ou psicólogo, através das queixas apresentadas pela paciente; dependendo das queixas, pode ser necessária a realização de exames, para se descobrir a origem da falta de desejo.
O tratamento faz-se de acordo com a causa. Quando houver problemas clínicos (doenças), a paciente deve ser encaminhada para um especialista, quando necessário (por exemplo, um endócrinologista quando houver problemas hormonais), sendo que cada tipo de diagnóstico vai requerer um tipo específico de tratamento. Entretanto, a maioria dos casos deve-se a problemas psicológicos ou problemas no relacionamento do casal, e esses deverão ser tratados por psicólogo ou psiquiatra, tentando descobrir as causas, compreende-las e resolve-las.
- A anorgasmia ou disfunção orgásmica é a falta de sensação de orgasmo na relação sexual. Pode ser primária, quando a mulher nunca teve orgasmo na vida, ou secundária, quando tinha orgasmos e passou a não os ter. Ainda pode ser classificada em absoluta, quando a anorgasmia ocorre sempre, e situacional quando ocorre só em certas situações (por exemplo, em certos locais em que a pessoa não se sente confortável, ou com parceiro com o qual tenha algum tipo de conflito). A mulher com anorgasmia pode aproveitar plenamente das outras fases do ato sexual, isto é, tem desejo, aproveita as carícias e se excita, porém algo a bloqueia no momento do orgasmo.
As causas da anorgasmia são principalmente psicológicas, envolvendo problemas nos relacionamentos interpessoais, conflitos a respeito da sexualidade, falta de conhecimento do próprio corpo e sensações, dificuldade na intimidade e comunicação do casal em assuntos sobre sexo. Problemas clínicos também podem causar anorgasmia, por exemplo, acidentes que atingem a medula espinal, alterações hormonais, corrimentos vaginais frequentes ou ainda anormalidades na forma da vagina, do útero ou dos músculos que formam a região pélvica (região onde se situam os órgãos genitais).
- O vaginismo é uma contracção inconsciente, não desejada, da musculatura da vagina, que ocorre quando a pessoa imagina que possa vir a ter um ato sexual. Essa contracção atrapalha ou impede a introdução do pênis, a qual, se for tentada causará muita dor, sendo que na maioria das vezes o casal não consegue ter ato sexual com penetração.
Pode ser consequência de uma educação rígida que provocou muitos tabus sexuais gerando conflitos psicológicos, consequência de traumas sexuais (estupro ou abuso sexual) ou de experiências sexuais anteriores que tenham causado sofrimento físico.
O diagnóstico é feito em geral pelo ginecologista, através do relato da paciente e também pelo exame ginecológico.
O tratamento consiste em identificar e tentar modificar a causa do vaginismo. Esse tipo de tratamento é feito por ginecologistas ou terapeutas sexuais, e consiste na realização de exercícios genitais com a intenção de conseguir o relaxamento da pessoa, tentando evitar que ocorra a contracção no momento do ato sexual e no entendimento das causas psicológicas associadas.
Esse tipo de tratamento é feito por ginecologistas ou terapeutas sexuais, e consiste:
- No entendimento das causas psicológicas
- Na realização de exercícios genitais com a intenção de conseguir o relaxamento da pessoa, tentando evitar que ocorra a contracção no momento do ato sexual.
- A dispareunia é a dor genital que ocorre repetidamente antes, durante ou após o ato sexual.
As causas mais comuns são doenças ginecológicas (tipo corrimento vaginal ou alterações no formato da vagina) ou contracção da musculatura vaginal durante o ato sexual, devido a conflitos psicológicos relativos à sexualidade.
O diagnóstico em geral é feito pelo ginecologista, também se faz pela análise das queixas da paciente e do exame ginecológico e o tratamento será de acordo com a causa, isto é, tratamento para a doença diagnosticada, feito em geral pelo próprio ginecologista ou tratamento com psicólogos ou psiquiatras, quando o problema for decorrente de conflitos psicológicos.