Sexualidade na
Idade Média
Introducao:
As bases da sexualidade moderna começaram a ser construídas ainda nos primeiros quatro séculos da Era crista. Durante a Idade Média discutiu-se e formulou-se, principalmente nos meios religiosos, uma ética sexual baseada na recusa do prazer e na obrigação da procriação. Tudo o que era relacionado com o sexo passou a ser pecado, até pensar no assunto era proibido. As mulheres por serem consideradas muito próximas dos prazeres carnais e dos sentidos eram vistas, relativamente aos homens, como sendo mais susceptível às tentações do diabo. Ela é que se relaciona directamente com ele, e é no seu corpo que ele habita. A Igreja transmite esta ideia porque, segundo os seus ensinamentos, foi através da mulher que a serpente se fez ouvir, levando a que Adão comete-se o pecado mortal. Ela era portadora e disseminadora do mal.
Heterossexualidade:
As relações heterossexuais eram apenas permitidas com vista a reprodução. Praticar sexo por prazer era visto como um pecado.
Homossexualidade (sodomia):
''Se um homem se deitar com outro homem, como se fosse com mulher, ambos terão praticado abominação; certamente serão mortos; o seu sangue será sobre eles.'' Levitico (20:13). A homossexualidade era vista como um crime e a sua pena a morte na fogueira.
Masturbação:
Nesta época surgiram diferentes mitos relacionados com a masturbação com o objectivo de impedir que jovens e adultos recorressem a masturbação. Alguns desses mitos são: a masturbação masculina cria espinhas e disfunção eréctil após o casamento; em relação a masturbação feminina dizia-se que isso provocava um encontro com Santanás.
Curiosidades:
Na Idade Media podemos ainda falar da excepção que havia para os senhores feudais que podiam ter relações sexuais com todas as noivas do seu feudo na primeira noite após o casamento delas e podiam usar o cinto de castidade nas suas esposas.
Apenas o sexo vaginal era permitido e apenas na posição de missionário, sexo anal e oral era considerado pecado, mesmo entre marido e mulher